Por Antonio Carneiro
A Rússia de Vladimir
Bombardear a Ucrânia
Guiné-Bissau e Tanzânia
Não ter motivo pra rir.
Ver em Alcácer-Quibir
Morte, dor e agonia
Os mísseis da guerra fria
Cuspindo terror no ar
"O que não posso calar
Eu transformo em poesia".
Uma árvore agonizando
Sangrada pelo machado
Um motosserra afiado
A floresta assassinando.
As chaminés fumegando
Uma fuligem sombria
Ver uma nuvem vazia
O chão com sede chorar
"O que não posso calar
Eu transformo em poesia".
Uma criança chorando
A lágrima sendo o deleite
Na boca triste amargando.
Um inocente implorando
Perambulando na via
E sei que a mãe não queria
Ver ela perambular
"O que não posso calar
Eu transformo em poesia".
Glosa: Poeta Antônio Carneiro
Mote: Poetisa Thyelle Dias
Severino Antonio Carneiro da Silva, natural de Tuparetama, Pernambuco, nasceu em 5 de maio de 1972. Ele é um compositor, poeta declamador e cordelista de destaque. Sua jornada literária teve início com o lançamento de "O MUNDO IMUNDO DAS DROGAS", pela Editora Hope, e ao longo do tempo ele contribuiu com diversas antologias renomadas.
Antonio Carneiro é ativo como membro tanto do Instituto Histórico e Geográfico do Pajeú (IHGP), como também da respeitada Academia de Letras do Sertão Pernambucano (ALESPE), onde ocupa a valorizada cadeira de número 18. Além disso, ele é autor de oito cordéis notáveis, incluindo a tocante obra "Nosso povo está sendo massacrado, na porteira da terra prometida".
Seu mais recente livro, intitulado "Pajeú Reino Encantado", agora ganha vida por meio das páginas da Editora Vila Rica, adicionando mais um capítulo brilhante à sua rica trajetória literária.
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