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Foto do escritorEditora Vila Rica

O que não posso calar, eu transformo em poesia

Por Antonio Carneiro

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Cuspindo terror no ar

"O que não posso calar

Eu transformo em poesia".


Uma árvore agonizando

Sangrada pelo machado

Um motosserra afiado

A floresta assassinando.

As chaminés fumegando

Uma fuligem sombria

Ver uma nuvem vazia

O chão com sede chorar

"O que não posso calar

Eu transformo em poesia".


Uma criança chorando

No peito da mãe sem leite

A lágrima sendo o deleite

Na boca triste amargando.

Um inocente implorando

Perambulando na via

E sei que a mãe não queria

Ver ela perambular

"O que não posso calar

Eu transformo em poesia".


Glosa: Poeta Antônio Carneiro

Mote: Poetisa Thyelle Dias



Severino Antonio Carneiro da Silva, natural de Tuparetama, Pernambuco, nasceu em 5 de maio de 1972. Ele é um compositor, poeta declamador e cordelista de destaque. Sua jornada literária teve início com o lançamento de "O MUNDO IMUNDO DAS DROGAS", pela Editora Hope, e ao longo do tempo ele contribuiu com diversas antologias renomadas.


Antonio Carneiro é ativo como membro tanto do Instituto Histórico e Geográfico do Pajeú (IHGP), como também da respeitada Academia de Letras do Sertão Pernambucano (ALESPE), onde ocupa a valorizada cadeira de número 18. Além disso, ele é autor de oito cordéis notáveis, incluindo a tocante obra "Nosso povo está sendo massacrado, na porteira da terra prometida".


Seu mais recente livro, intitulado "Pajeú Reino Encantado", agora ganha vida por meio das páginas da Editora Vila Rica, adicionando mais um capítulo brilhante à sua rica trajetória literária.


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